9 de agosto de 2010






OGUM ( Rosi ou lnkossi )


Foi escolhido pelo Criador para ser o Comandante de todos os Imalés.

Rei do Ferro - protetor de todos os que trabalham com instrumentos que venham dos metais, da agricultura.

Lendas :



Primeiro depois de muitas vitórias do comandante dos exércitos do reino de Odudua e sempre trazendo vitórias para a sua a cidade de Ifé, conquistou a cidade de Irê, que depois se tomou rei, mas com sua ,rida bélica deixou seu filho no trono. Daí, voltou em um dia em que ninguém falava, comia ou bebia em respeito a ele. Começou a matar aqueles que não lhe respondiam...





Ogum como ferreiro era casado com Oyá, que o ajudava com o fole enquanto o mesmo fazia as ferramentas, ativa o fogo na forja



Como ela levava as ferramentas para Xangô e com sua elegância e glamour, fez com que Oyá se apaixonasse por ele, ela o correspondia com olhares sensuais, acabando assim por fugir com o mesmo . Ogum revoltado pelo abandono de Oya, resolveu vingar-se. Olodumaré ou Eledumare fez com que lembrasse que era o Orixá mais velho e que era Pai de Oranian (Pai de Xangô) e que perdoasse. Porém Ogum contrariando tal ordem deixou dominar-se pelo ódio e pelo desejo de vingança e foi procurar os fugitivos. Ao encontrá-los, Oyá atacou-o para defender seus ideais e os dois se atingiram um ao outro ao mesmo tempo. A espada de Ogum partiu Oya em nove pedaços, que havia sido feita pelo próprio Ogum - a Espada - deu a condição de luta a Oya - e ela o atingiu cortando em sete, daí se tomou Ogum Megê (sete) e Oya tornou-se Iyamésan ( a mãe transformada em nove) - que se liga a nove Orum.

7 de agosto de 2010

OXOSSI

OXOSSI

A grande importância é por estar ligado ao parentesco com Ogum e por ter grande presença nas ações aventureiras. Protege quem gosta de fazer expedições é hábil curandeiro, pois está muito ligado com Ossae.

1º Lenda:

Viviam em uma vasa perto das matas. Iemanjá - a mãe que cuidava da casa, Ogum que supria a dispensa com a colheita de suas plantações, Oxossi que a provia com a caça, Exu o indisciplinado e insolente que fora expulso de casa por querer comer antes dos mais velhos, inclusive do pai. Iemanjá, alertada por um Babalaô, avisou a Oxossi para não se aventurar para grandes distâncias na mata, pois havia uma feiticeira que gostava de sua companhia e poderia aprisioná-lo.









Oxossi não a ouviu e o previsto aconteceu; Ossae lhe deu um preparado de ervas para lhe tirar a memória impossibilitando de voltar para casa. Ogum ficou preocupado e foi em busca do irmão.

Ajudado por um Babalaô, Ogum venceu mais essa demanda, mas ao retomar com Oxossi, ficou tão indignado ao ver sua mãe ainda revoltada, não aceitando o retorno do filho que também se foi. Oxossi voltou a viver com Ossae e Iemanjá desesperada, transformou-se num rio e partiu para o mar.

Logun Edé










LOGUN-EDÉ


É o resultado do encanto, ou do encantamento, de Oxossi Ibualama e Oxum Ieopondá. Divindade dos rios, Senhor da Pesca, que vive seis meses com o pai, Oxossi, na caça e seis meses, com a mãe Oxum, na água doce.Erradamente considerado como um Orixá “meta-meta”, ou seja, de dois sexos, Logun-Edé é um Orixá masculino, embora divida o tempo com os pais.



Logun-Edé é a beleza em pessoa. O encanto dos jovens, o namorado, o flerte. Logun rege a ingenuidade do jovem, a adolescência, a beleza adolescente. Seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, na primeira oportunidade das “mãos-dadas”, no primeiro carinho.



Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores, numa paisagem singela. É também o deus da arte, o principio daquilo que é belo e terno. É o príncipe das águas doces, da caça, da alegria e do jovialidade.



Encontramos Logun-Edé num grupo de jovens, na musica que os aproxima, no conhecimento e no encontro, na alegria de viver livremente. Porém, encontramos Logun-Edé também nas intrigas, nos segredos maldosos, pois ele é capcioso, matreiro, inventivo, meio moleque.



Mas, Logun-Edé rege fundamentalmente o carinho, o gesto meigo, o afago, pois trata-se de um Orixá extremamente dengoso, dependente, ciumento, singelo e manhoso.



É o deus da juventude, dos estudos. Sua presença é marcante nos colégios, escolas, faculdades, enfim, em todas as instituições de ensino, onde se concentram os jovens.



Logun-Edé é o encanto, o sorriso, o piscar de olhos, a vida jovem e ativa.



Também está encantado no mato baixo, nas matas pouco densas e, principalmente, nos rios, sua morada predileta.



Está ligado – como o pai, Oxossi – às artes de pintar, esculpir, escrever, dançar, cantar e a todas as atividades. Está ligado ao banho, pois também é filho de Oxum, deusa das águas doces.



Resumindo, Logun-Edé rege o romance, o namoro, as amizades, sendo ele o responsável pelos gestos amigos e sinceros entre as pessoas. Está encantado, também, nos pequenos animais, como o coelho, o porquinho da índia e os pequeninos pássaros.





Mitologia









Como já disse, Logun-Edé é o filho de Ibualama e Ieponda. Tem ele três irmãos: Ode Ifá, ligado ao ar, afilhado de Oxalá; Ode Issambô, ligado às plantas, afiilhado de Ossãe; e Ode Ilê, afilhado de Exu.



Logun-Edé sempre foi considerado como príncipe, filho de reis. Menino arisco, teimoso, levado, brincava sempre além dos limites da regência de sua mãe Oxum, que era a cachoeira. Porém, era admirado por todos, e muito querido também.



Certo dia, o príncipe Logun-Edé, contrariando as ordens do pai e da mãe para que não brincasse perto do rio por ser perigoso, resolveu arriscar, atravessando de uma margem à outra, montando num tronco de árvore.



Subitamente, o tronco virou e Logun-Edé foi para no fundo do rio. Mesmo sendo bom nadador, Logun não conseguia chegar à tona.



Aflitos, e pressentindo algo de errado, Oxossi e Oxum, seus pais, resolveram ir atrás dele e chegaram até o rio. O coração de mãe não se enganou. Oxum sabia que filho estava no fundo do rio e apelou para a força de Olorun, a fim de recuperar seu primogênito.



- Pai,- disse ela – não deixe que meu filho se afogue. Eu sou a Rainha das águas doces, e não poderia perder meu filho justamente no fundo de um rio. Salve-o Pai, salve-o!



E Oxossi também apelou ao pai Olorun:



- Não deixe que meu filho morra, Olorun, não permita!



E Olorun, atendendo aos pedidos do deus da caça e da deusa das cachoeiras, ergueu Logun-Edé do fundo do rio e advertiu:



-Ai está seu filho que, por sua teimosia, quase perde a vida. De agora em diante fica Logun-Edé, filho de Ibualama e filho de Ieponda, com a obrigação de zelar pelos rios e prover a pesca.



E, assim, Logun-Edé passou a reinar nos rios, a cuidar deles e ajudar aos pescadores.



O elemento de Logun-Edé está ligado aos pais: terra e água, dando a ele os poderes do pai e os da mãe.





Dados



Dia: quinta feira;



Data: 19 de abril;



Metal: Ouro;



Cor: azul celeste e amarelo;



Partes do corpo: as mesmas correspondentes a Oxossi e Oxum;



Comida: axoxo (feita com milho amarelo e coco) e omoolucun (feita com feijão fradinho e ovos);



Arquétipo: altruístas, abnegado, sinceros, simpáticos, tensos, austeros, possuem senso de coletividade, calmos, desprendidos, inconstantes, vaidoso e sonhadores.



Símbolos: abebê e ofá

Gongobira




Filho de MIKAIA e LEMBARAGANGA é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os epíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.




GONGOBIRA é o único Inkice que entra na mata da morte, joga sôbre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torne imune a morte e aos EGUNS.



Sendo êle um rei, carrega o EYRUQUERE ( espanta moscas ) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.



Come com ALUVAIÁ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo.





QUALIDADES





- TATETO MUKONGO RIA MUTALAMBO ( Equivalente a YBUALAMO no Kéto )



É velho e caçador. Come nas águas mais profundas.



Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com KAVIUNGO BELAGUANGE. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.



- TATETO MUKONGO RIA TATA KEUALA ( Equivalente a INLE no Kétu )



É o filho querido de LEMBÁ e MIKAIA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azul claro. É tão amado que LEMBÁ usa em suas contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe ( todos os bichos ) e tem fundamento com MUKUMBE TANGO AVANGO.



- TATETO MUKONGO RIA GONGOJÁ ( Equivalente a DANA DANA no Kétu )



Tem fundamento com ALUVAIÁ, KATENDÊ, RANGORO e MATAMBA. É êle o Inkice que entra na mata da morte e sai sem temer EGUN e a própria morte. Veste azul claro.



- TATETO MUKONGO RIA KATALAMBO ( Equivalente a AKUERERAN no Kétu )



Tem fundamento com RANGORO e KATENDÊ. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Êle é o dono da fartura. Êle mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tira-se as penas e solta-se o bicho.



- TATETO MUKONGO RIA KABILA ( Equivalente a OTYN no Kétu )



Guerreiro e muito parecido com seu irmão MUKUMBE, vive na companhia dêle, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente, esta sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, contas azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a MUKUMBE.



- TATETO MUKONGO RIA LANDAGUANGI ( Equivalente a KOIFÉ no Kétu )



Não se faz no Brasil e na África, pois muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com KATENDÊ e vive muito escondido dentro das matas, sòzinho. Suas contas são azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se LANDAGUANGE e faz-se TATA KEUALÁ; trinta dias após, faz-se toda a matança.



- TATETO MUKONGO RIA KASSAGUANGI ( Equivalente a AROLÉ no Kétu )



Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de GONGOBIRA. As pessoas dêle são muito antipáticas. Jovem e romantico, gosta de manorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com MUKUMBE e DANDALUNDA. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é agil na arte de caçar.



- TATETO MUKONGO RIA TALAKEUALÁ ( Equivalente a ODÉ KARE no Kétu )



É ligado as águas e a DANDALUNDA, porém os dois não se dão bem, pois exercem as mesmas forças e funções. Come com DANDALUNDA e LEMBARAGANGA. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.



- TATETO MUKONGO RIA GONGOBIRA ( Equivalente a ODÉ WAWA no Kétru )



Vem da orígem dos Inkice caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com LEMBARAGANGA e KAMBARANGUANGE , pois dizem que êle fez sua morada debaixo da gameleira.



- TATETO MUKONGO RIA MUTALAKALAMBO ( Equivalente a ODÉ WALÈ no Kétu )



É velho e usa contas azul escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austério, solteirão e não gosta das mulheres, pois as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ALUVAIÁ e MUKUMBE.



- TATETO MUKONGO RIA TAWA MINICONGO ( Equivalente a ODÉ OSEEWE OU YBO no Kétu )



É o senhor da floresta, ligado as folhas e a KATENDÊ, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.





UNSABA



- João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha ( folhas ) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.